A importância do monitoramento cardíaco no treinamento.
Fernanda Piedade (Fê Piê) é atleta e treinadora e comenta aqui no nosso blog sobre a importância do monitoramento cardíaco durante os treinos.
Existem diversas formas de prescrever o treinamento. Independente da modalidade praticada, o treinador precisa explorar diversos estímulos no seu atleta para alcançar seus objetivos. E seja qual for o objetivo, esses estímulos precisam ser dimensionados em tempo, distância, e intervalos de recuperação.
Mas como saber qual ritmo, ou a intensidade que deverá ser executado?
Alguns métodos são utilizados. Os mais comuns são: percepção de esforço e monitoramento cardíaco.
A PSE (percepção subjetiva de esforço), o próprio nome já diz, é a percepção "subjetiva" da intensidade do estímulo, já que o único marcador é a sensação de esforço do atleta. Sendo classificado como esforço muito leve, leve, moderado, forte, muito forte e exaustivo. Essas sensações subentendem alterações no sistema cardiopulmonar e metabólico, principalmente às alterações de FC (frequência cardíaca)
Monitoramento cardíaco:
O coração é um músculo, o mais importante do nosso corpo. Sem ele nada acontece, por isso a importância de deixá-lo forte e saudável.
A frequência cardíaca, que representa a quantidade de vezes que o coração bate em um minuto, deve estar sempre sob controle, não apenas para garantir o bem-estar, mas para melhorar os resultados do treino.
Dividido por zonas de esforço, é a maneira mais fiel de ganho de performance e condicionamento com segurança.
Nas sessões de treinamento, o estímulo aplicado, provoca uma resposta aguda do coração, e através dessa resposta temos uma maior precisão nas adaptações fisiológicas desejadas.
Como referência, o método mais utilizado para o cálculo da Frequência cardíaca máxima, é o Método de Astrand, onde se aplica a seguinte fórmula:
220 ( homens) - idade = frequência Max de esforço
226 (mulheres) - idade = frequência Max de esforço.
É um método simples que pode ser aplicado imediatamente, mas é também mais teórico e equivale à média.
Existem diversos protocolos que estipulam as zonas de treinamento a serem exploradas de acordo com o percentual de esforço cardíaco. É possível ocorrer pequenas variações percentuais entre esses protocolos e modalidades.
Cabe ao treinador, distribuir na periodização de treinamento, o planejamento mais adequado para a fase que se encontra na planilha, bem como acompanhar a resposta fisiológica de cada atleta, afim de otimizar seus resultados.
Fernanda Piê
CREF 036973G/SP
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